Havia um abacateiro carregado de frutas dentro do cemitério. Dois amigos entraram no local à noite e pegaram todos os abacates. Ainda em cima da árvore começaram a divisão:
__ "Um pra mim, um pra você. Um pra mim, um pra você".
__ "Hei você deixou dois abacates caírem do lado de fora do muro".
__ "Não faz mal, depois que terminarmos aqui pegamos os dois".
__ "Então tá bom".
__ " Mais um pra mim, um pra você."
 E continuaram a divisão. Um bêbado que passava do lado de fora do cemitério escutou esse negócio de “um pra mim e um pra você”. Correu até a delegacia e disse ao policial:
__ "Seu guarda, vem comigo! Estão dividindo as almas dos mortos lá no cemitério. Vem comigo depressa para o senhor ver".
 Ao chegarem perto do muro os dois escutaram:
__ "Um pra mim, um pra você... ".
O guarda arregalou os olhos assustado.
__ "Então é verdade! É o apocalipse!".
 E os dois ficaram ouvindo:
__ "Um pra mim, um pra você. Pronto. Acabou aqui. E agora?".
__ "Agora a gente vai lá fora e pega aqueles dois que estão do outro lado do muro... ".
CoRReeeeeee!!! Foi uma correria só. Bêbado e policial saíram em desabalada carreira, enquanto os dois amigo pegaram os seus abacates e foram embora bem tranquilos, sem perceber o ocorrido.

Aprendi que Amores eternos podem acabar em uma noite.
Que grandes amigos podem se tornar grandes inimigos. 
Que o amor sozinho não tem a força que imaginei. 
Que ouvir os outros é o melhor remédio e o pior veneno.  
Que a gente nunca conhece uma pessoa de verdade, 
afinal, gastamos uma vida inteira para conhecer a nós mesmos. 
Que os poucos amigos que te apoiam na queda, 
são muito mais fortes do que os muitos que te empurram. 
Que o "nunca mais" nunca se cumpre, que o "para sempre" sempre acaba. 
Que minha família com suas mil diferenças, está sempre aqui quando eu preciso. 
Que ainda não inventaram nada melhor do que colo de Mãe desde que o mundo é mundo. Que vou sempre me surpreender, seja com os outros ou comigo. Que vou cair e levantar milhões de vezes, e ainda não vou ter aprendido TUDO." Estamos aqui de passagem...  “William Shakespeare”