sábado, 4 de novembro de 2017

Tudo pode mudar... Ou se acabar.

Pensando educação... Porque muitos professores, apesar de suas boas intenções acabam aderindo ao sistema e concordando que o marginalizado deve permanecer marginalizado? Porque ainda há escolas particulares e escola públicas no Brasil? Porque não há uma regulação para igualar as escolas e transforma-las em empresas que realmente funcionam?
Diferenças continuam a ser reproduzidas num círculo vicioso, em uma roda viva que não pode parar. "Modo de Vida", essa é a palavra chave. Quem nasceu na elite ou chegou a ela de forma predadora jamais vai concordar com a igualdade, pois a diferença mantém seu modo de vida. Até mesmo idealistas da Educação Popular se pegam elitistas quando estão do lado "certo"... Mas a igualdade não é utopia. Ela é perfeitamente possível.
Se todos fossem médicos, se todos fossem advogados, professores e cientistas? Tem que haver diferenças! Quem faria o pão para o café da manhã, quem faria os serviços domésticos, consertaria os carros, varreria as ruas, recolheria o lixo, quem faria a reciclagem do lixo, quem atenderia nas lojas, supermercados e farmácias, etc?
Não é desse tipo de diferenças que falo. Mas se o lixeiro decidisse que queria ser médico, isso teria que ser possível. Se a doméstica decidisse ser advogada, isso teria que ser possível. Ninguém deveria nascer, nem estar à quem do que quisesse ser ou fazer. Todos precisam ter direito aos sonhos e à realização deles.
Nem todos querem ser o médico, nem fazer tudo o que o médico faz, mas sim ter o mesmo valor, tanto social, quanto financeiro. Mas se um lixeiro pudesse receber o mesmo salário e obter o mesmo status e valor de um médico, para que estudar e se tornar um? Simples: todos podem estudar, escolher seus caminhos, basta que as oportunidades e condições sejam iguais. Quem não quiser mais ser médico, pode ser o que quiser. Não precisa mais exercer uma função que desgosta apenas por questões financeiras e sociais. Estará liberto. E os que se tornarem médicos realmente terão vocação e capacidade para tal, revertendo em qualidade para a saúde pública e qualidade de vida para as pessoas; pois o dinheiro e o status pode até trazer algum reconhecimento e prazer, mas não é a receita para a felicidade. Todos poderiam fazer suas escolhas e realizar seus sonhos. Todos poderiam ser felizes, pelo menos a maioria. E pessoas felizes são menos perigosas. Ou seja, haveria também mais segurança para a sociedade.
Todos os problemas que afligem a sociedade são gerados pelas diferenças de classes. Pelos privilégios imerecido de políticos e autoridades, que existem apenas para manter o modo de vida da classe dominante e manter o dominado no seu devido lugar.
Quando a classe política descobrir qual é o seu real papel e o que pode fazer para o bem estar publico e quando a elite perceber que seus privilégios não são legítimos, que são roubados e que realiza seus sonhos e desejos à custa de muito sofrimento de outras pessoas, o mundo finalmente estará a caminho de sua evolução; que é inevitável, pois hoje já são muitos os que não se deixam moldar, que são indomáveis e cujos ideais e sonhos de igualdade podem realmente mudar o mundo Assim como a monarquia não resistiu ao mundo e não domina mais, políticos e grandes produtores também poderão perder seus ganhos e escolas serão instituições inúteis quando não houver mais ninguém para estudar.
Quem mantém escolas abertas é o povo. Quem elege os políticos é o povo e quem trabalha para a produção de bens e os consome, também é o povo. Se o Capitalismo não rever seus conceitos, se não houver consenso, se não houver igualdade, cooperação e fraternidade e esse povo todo se cansar de sofrer, tudo isso pode acabar. Sim... Tudo é possível, tanto criar um mundo de igualdade onde todos podem usufruir dos bens e obter o que quiser e se tornar quem quiser e fazer o que quiser, quanto pode surgir um novo sistema de coisas, que promova a destruição total do Capitalismo e de tudo o que está aí e que não querem mudar.