FREIRE, Paulo. Justificativa da
pedagogia do oprimido. In: Pedagogia do
Oprimido, 23° reimpressão, 17°. Ed. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1987.
RESUMO: FREIRE discorre sobre
as mazelas do oprimido diante do seu opressor e salienta que antes de tudo ele
precisa se reconhecer-se na condição de oprimido e então buscar mudança e
transformação social. Ao buscar a mudança, o oprimido desconstitui o processo
de opressão e humaniza a sociedade. O ser menos para o autor é o oprimido se
sentir impotente diante do opressor, mas este ao perceber que pode ser mais não
deve se tornar opressor do opressor, mas sim restaurar as relações, pois não se
trata de vencer e se impor sobre o opressor, mas de ser um humanizador, de romper
com as desigualdades e se libertar do poder do opressor. O oprimido deve
permanecer na busca da liberdade e da desalienação. Ninguém liberta ninguém, ninguém
liberta-se sozinho, mas as ações devem ser articuladas e todos devem engajar-se
em torno de uma causa, sem ativismos, mas com reflexão e transformação. O
oprimido se percebe inferior e dependente emocionalmente do opressor, que se
impõe e que manipula para manter seus interesses. Paulo Freire acredita que a
escola reproduz a cultura de elite como se fosse a correta. Fala da educação
bancária que está voltada para a transmissão de conteúdos e alerta para a
estratégia que é manter a criança nesse processo alienante, forçando assim a
inserção e o engajamento passivo ao processo. Para ele há uma política
histórica de privação de direitos, uma domesticação do trabalhador para que não
lute por seus interesses. Portanto, a educação bancária é um instrumento de
opressão e a Instituição que reproduz as ideias dominantes também se torna um
instrumento de opressão e assim ele alerta para a necessidade de acabar com o
reprodutivismo dentro da escola. Na visão de Freire na troca de experiências, o
professor aprende com o aluno e o aluno aprende com o professor.
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