segunda-feira, 17 de fevereiro de 2020

FREIRE, Paulo. Justificativa da pedagogia do oprimido. In: Pedagogia do Oprimido, 23° reimpressão, 17°. Ed. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1987.

 RESUMO: FREIRE discorre sobre as mazelas do oprimido diante do seu opressor e salienta que antes de tudo ele precisa se reconhecer-se na condição de oprimido e então buscar mudança e transformação social. Ao buscar a mudança, o oprimido desconstitui o processo de opressão e humaniza a sociedade. O ser menos para o autor é o oprimido se sentir impotente diante do opressor, mas este ao perceber que pode ser mais não deve se tornar opressor do opressor, mas sim restaurar as relações, pois não se trata de vencer e se impor sobre o opressor, mas de ser um humanizador, de romper com as desigualdades e se libertar do poder do opressor. O oprimido deve permanecer na busca da liberdade e da desalienação. Ninguém liberta ninguém, ninguém liberta-se sozinho, mas as ações devem ser articuladas e todos devem engajar-se em torno de uma causa, sem ativismos, mas com reflexão e transformação. O oprimido se percebe inferior e dependente emocionalmente do opressor, que se impõe e que manipula para manter seus interesses. Paulo Freire acredita que a escola reproduz a cultura de elite como se fosse a correta. Fala da educação bancária que está voltada para a transmissão de conteúdos e alerta para a estratégia que é manter a criança nesse processo alienante, forçando assim a inserção e o engajamento passivo ao processo. Para ele há uma política histórica de privação de direitos, uma domesticação do trabalhador para que não lute por seus interesses. Portanto, a educação bancária é um instrumento de opressão e a Instituição que reproduz as ideias dominantes também se torna um instrumento de opressão e assim ele alerta para a necessidade de acabar com o reprodutivismo dentro da escola. Na visão de Freire na troca de experiências, o professor aprende com o aluno e o aluno aprende com o professor.


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